terça-feira, 20 de setembro de 2011

Roteiro para Exame Físico de Cabeça e Pescoço

Exame Físico de Cabeça e Pescoço

1.Crânio
2.Couro Cabeludo
3.Sobrancelhas
4.Olhos – globo ocular, glândula lacrimal, pálpebras (cílios, ectrópio, entrópio, ptose, madarose, lagoftalmia), conjuntiva e esclera (hemorragias, corpo estranho), córnea, pupilas (isocóricas, anisocóricas, midríase, miose, reflexo fotomotor e consensual), cristalino, motricidade ocular.
5.Ouvidos – inspeção, palpação e otoscopia.
6.Nariz e seios paranasais – inspeção, palpação.
7.Faringe – faringoscopia.
8.Boca – lábios, bochechas (interna e externa), gengivas, dentes, língua.
9.Tireóide
10.Veias Jugulares
11.Carótidas – palpação e ausculta.    

Prof. Marcos Q. G. Faria

Dúvidas Pertinentes

Anoftalmia - ausência de globo ocular.

Enucleação - remoção cirúrgica do globo ocular.

Acoria - ausência de pupila.

sábado, 17 de setembro de 2011

Patologias que cursam com Adenomegalias

Viroses da Infância: sarampo, rubéola, varíola, varicela, escarlatina.

Doenças febris de adulto jovem - gânglios endurecidos, não coalescentes, doloridos ou não, sem carcterísticas inflamatórias: Mononucleose Infecciosa, Toxoplasmose, Citomegalovirose, Tuberculose ganglionar, Leucemia Linfática Crônica, Leucemia Aguda, Histoplasmose.

Doencas febris ou não com gânglios com sinais inflamatórios: Adenite bacteriana, Erisipela, Cancro Mole, Blastomicose, Criptococose, Tuberculose.

Doenças febris ou não, com gânglios aumentados, assimétricos, fixos, coalescentes, indolores ou doloridos, duros: Linfomas, Tb ganglionar.

Doenças afebris com gânglios duros, coalescentes, fixos, indolores: metástases carcinomatosas e sarcomatosas, neuroblastoma, feocromocitoma, linfomas.

Linfoma de Hodgkin

O que é o Sinal de Troisier?

É a o achado de um gânglio supraclavicular esquerdo, também chamado de Gânglio de Virchow, indicativo de neoplasias abdominais, particulamente o Câncer Gástrico.

Sinal de Troisier

terça-feira, 13 de setembro de 2011

SEMIOLOGIA GANGLIONAR

Existem cerca de 500 gânglios linfáticos, estruturas que pertencem ao sistema mononuclear-fagocitário e têm por função a defesa do organismo contra a disseminação das infecções e células neoplásicas, além de desempenhar importante papel na produção de anticorpos devido à sua capacidade de formar linfócitos e plasmócitos. Estão distribuídos nos diferentes segmentos superficiais e profundos (mediastinais e abdominais) do organismo. Em condições normais, seu tamanho varia de 1 mm (ou menos) até 2 cm, e situam-se no trajeto dos vasos linfáticos, de modo que a linfa atravessa-os em seu caminho ao canal torácico. Atuam, assim, como filtros, onde a linfa é depurada de resíduos celulares e microorganismos que podem ter sido recolhidos nos territórios drenados.
Os sítios ganglionares superficiais são o cervical (anterior e posterior), pré e pós-auriculares, occipital, supraclaviculares, axilares, epitrocleares, inguinais, poplíteos e femorais. Esas cadeias ganglionares podem ser exploráveis pela palpação, deslizando-se a polpa dos dedos juntamente com a pele sobre os linfonodos.

Devem ser pesquisadas rotineiramente nas seguintes regiões: occipital, cervical (anteriores e posteriores), retroauriculares, submandibulares, supraclaviculares, axilares, epitrocleares, inguinais, poplíteos e femorais. Os gânglios linfáticos superficiais são explorados através da inspeção e da palpação. Como em toda tumoração acessível a esses métodos, estudam-se: localização, cor e estado da pele, tamanho, número, sensibilidade, consistência, forma, temperatura e mobilidade. A localização também tem grande importância para verificar se a tumoração corresponde realmente a um gânglio linfático. Além disso, conhecendo-se os territórios linfáticos correspondentes, é relativamente fácil determinar os processos regionais capazes de hipertrofiar os gânglios.

Cor, estado e temperatura da pele que recobre os gânglios servem para reconhecer os processos inflamatórios supurativos. A hiperemia da pele e a tumefação quente são próprias das adenites agudas supuradas. Nas adenites crônicas que levam à supuração, como as tuberculosas, a pele fica brilhante e delgada, demonstrando uma alteração trófica local. Nas adenites agudas, a presença de sinais inflamatórios (tumefação, dor, calor e rubor) serão apreciados sempre que os gânglios sejam superficiais.

A simples hipertrofia ganglionar não produz dor. Quando os gânglios ficam dolorosos significa que há periadenite aguda ou que a distensão ganglionar foi muito rápida, como na adenite aguda, ou seja, há comprometimento da cápsula do linfonodo. Nas viroses (mononucleose infecciosa, viroses exantemáticas) e nos processos parasitários (histoplasmose, toxoplasmose), a adenopatia é indolor ou ligeiramente dolorosa. O mesmo se dá na leucemia e no linfoma. Na adenopatia metastática, são duros e indolores, ocorrendo o mesmo nos processos infecciosos crônicos. Na apreciação semiológica, há que considerar a dor espontânea e a induzida pela pressão.
A consistência do gânglio linfático é variável nos diferentes processos. Quando há supuração, o gânglio fica amolecido e se torna flutuante. Nas adenites, os gânglios têm consistência firme, aumentada, mas nos estados supurativos, a consistência é mole, às vezes flutuante, e nos quadros crônicos, é elástica. Nas leucemias, no início, a consistência ganglionar é normal ou mais mole, mas uma vez desenvolvido o tecido granuloso, torna-se duro e menor. A mobilidade deve ser estudada quanto à pele, aos planos profundos e aos gânglios entre si. A comprovação de batimento em uma tumoração significa não se tratar de um gânglio, mas de um aneurisma. Nas adenites agudas, o paciente pode perceber uma sensação de batimento, devido à dilatação vascular que acontece em quase todos os processos inflamatórios.
Quanto ao tamanho, o aumento pode ser discreto ou evidente, sendo habitualmente comparado a coisas conhecidas (azeitona, uva, limão, laranja, etc). A existência simétrica de gânglios hipertrofiados, na infância, tem importância semiológica; as infecções gerais (viroses, por exemplo), acarretam aumento generalizado dos gânglios- cervicais, axilares, etc, ao passo que as neoplasias geralmente determinam adenopatia regional.

Nas condições normais, os gânglios se encontram separados, podendo ser contados, se palpáveis. Quando o processo patológico se localiza na cápsula ganglionar, os linfonodos atingidos se unem firmemente por fibrose inflamatória ou neoplásica. Esta aderência indica, desde logo, que o processo vem evoluindo há algum tempo. Em geral, nas afecções agudas febris, há polimicroaderência sem coalescência, mas nas metástases neoplásicas, os gânglios aumentam de volume, são duros e coalescentes, enquanto que na tuberculose ganglionar, são volumosos e coalescentes.
A mobilidade deve ser verificada com cuidado, tanto no que diz respeito à aderência do gânglio à pele, como na referente aos planos profundos. Gânglio imóvel, fixo, por estar aderente à pele ou aos planos profundos, indica processo inflamatório ou neoplásico de evolução adiantada, principalmente quando coalescente. Nos linfomas, na tuberculose ganglionar, nas metástases carcinomatosas, os gânglios são fixos, coalescentes e assimétricos.
 
Fonte: SEMIOBLOG

DISCINESIA OROFACIAL

HEMIBALISMO

ATETOSE

EXAME FÍSICO GERAL - ROTEIRO PARA PRÁTICA

Exame Físico Geral

1.Sinais Vitais e IMC
2.Estado Geral – BEG, REG, MEG.
3.Nível de Consciência – Consciente, usar escala de glasgow em pacientes com rebaixamento de consciência.
4.Fala e Linguagem
5.Fácies – atípica ou típica
6.Atitude - Voluntaria, involuntária ou normal.
7.Mucosas – corado, hidratado, anictérico, acianótico.
8.Musculatura – tônus normal, espasticidade, hipertrofia, hipotonia.
9.Linfonodos – localização, tamanho, mobilidade, sensibilidade, consistência, alterações adjacentes.
10.Movimentos Involuntários – tremores, coréia, hemibalismo, atetoses, miclonias, convulsões, etc.
11.Circulação Colateral – ausente ou tipo braquiocefálica, cava superior, cava inferior ou porta.
12.Edema – localização, graduação, consistência, temperatura, elasticidade, sensibilidade e alterações subjacentes.
13.Longilíneo, Mediolíneo ou Brevilíneo.
14.Tecido Subcutâneo e adiposo.
15.Circunferência abdominal.
16.Marcha
17.Exame de Pele – textura, temperatura, elasticidade, mobilidade, sensibilidade e lesões de pele.

Prof. Marcos Q. G. Faria